Epicentro da pandemia de COVID-19 os moradores da cidade chinesa de Wuhan foram os primeiros a enfrentarem os efeitos devastadores do novo coronavírus. Tanto, que no decorrer do isolamento intensificaram o uso das redes sociais para se informar.
Ocorre que segundo pesquisa o excesso de tempo gasto conectado contribui para o desenvolvimento de depressão e outros problemas emocionais relacionados aos desafios do COVID-19.
Publicado no jornal acadêmico Computers in Human Behavior, o estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade Penn State, EUA, e de Jinan, China. Contando com a participação de 320 habitantes sem histórico de transtornos traumáticos ou depressivos.
A primeira etapa da pesquisa aconteceu em fevereiro, duas semanas depois que Wuhan foi fechada em função da pandemia. Um questionário online foi disponibilizado para que os voluntários respondessem algumas perguntas sobre o uso do WeChat, app de rede social mais popular na China, para levantar informações sobre a doença.
Governo chinês fiscaliza as redes sociais
Após analisarem as interações dos voluntários com o WeChat, os pesquisadores criaram uma metodologia própria para utilizar os resultados obtidos e medir o nível de dependência de outra mídia social, o Facebook.
Assim chegaram à conclusão de que mais da metade dos voluntários foram afetados negativamente pelas redes sociais, no qual 20% desse total apresentaram nível de depressão moderado ou grave. Sendo que entre os que indicaram algum nível de trauma secundário 80% apresentou nível baixo, 13% moderado e 7% grave.
Utilizar as redes sociais para se manter informado foi reconfortante até certo ponto, uma vez que o excesso de informação causou problema de saúde mental. Os resultados também mostraram que se afastar das mídias sociais é benéfico à saúde e bem-estar, além de fundamental para ajudar a reduzir os efeitos negativos da pandemia.
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Ao mesmo tempo, em que as informações podem diminuir o estresse provocado pelo clima de incertezas. A quantidade excessiva de notícias que são publicadas faz a pessoa se sentir mais vulnerável, pois, fica difícil avaliar o que é verdade ou boato. Especialmente quando consideramos as fake news.
Como na China existe uma censura as mídias tradicionais, as redes sociais se tornaram a principal fonte de informação da população. Já que, apesar do controle, o sistema de fiscalização não é tão eficiente e ágil nesses casos.
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