Assim que o bebê nasce, nos primeiros dias de vida, é realizado o teste do pezinho, este teste é um dos mais importantes para a vida que acaba de chegar ao mundo, por meio dele é possível detectar até 48 doenças. Com a realização do teste do pezinho diversas doenças podem ser diagnosticadas precocemente e tratadas, isso ajuda a melhorar a qualidade de vidas dos pequenos e de sua família.
No dia 6 de junho os brasileiros comemoram o Dia Nacional do Teste do Pezinho, uma data que tem como objetivo lembrar e informar acerca da importância da triagem neonatal. O teste é feito entre o 3 e 5 dia de vida dos recém-nascidos.
O teste do pezinho começou a ser feito no Brasil na década de 1970, segundo consta no Ministério da Saúde, com o intuito de identificar duas doenças – que são conhecidas como “anomalias congênitas”, e que se manifestam após o nascimento – são elas a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito, que se não forem tratadas podem causar deficiência mental.
A triagem neonatal, como também é conhecido o teste, é realizada por meio de gotas de sangue que são retiradas do calcanhar do recém-nascido. Esse teste se tornou obrigatório no Brasil em 1992.
Mas, por que a triagem neonatal é feita no pé do bebê? Essa parte do corpo do bebê foi escolhida por se tratar de uma região muito irrigada, fazendo com que a coleta do sangue seja mais fácil. É bem comum os bebês chorarem por causa da picadinha, e os pais ficarem apreensivos quando isso acontece. Contudo, o teste é de suma importância para a saúde dos pequenos e não oferece nenhum risco para as crianças, pois ele é rápido e pouco evasivo.
Os Estados Unidos foram os primeiros a realizarem o teste do pezinho, a primeira vez que fizeram o teste foi em 1961. E já no ano de 1964, por causa do teste, 400 mil crianças já haviam sido verificadas quanto à existência da fenilcetonúria. Com o decorrer dos anos a metodologia utilizada foi aprimorada e outras doenças inclusas na triagem neonatal.
Segundo informações do Ministério da Saúde, no Brasil, em 80% dos recém-nascidos é realizada a triagem neonatal. O SUS disponibiliza o teste de graça, e por meio dele é possível detectar 3 (três) doenças:
Fenilcetorúnia: doença hereditária provocada pela falta ou diminuição da atividade de uma enzima, o que impede o bom desenvolvimento do aminoácido fenilalanina. O acumulo de fenilalanina não metabolizado causa problemas no sistema nervoso, e pode provocar deficiência intelectual severa e irreversível se não for tratada a tempo. A cada 15000 nascimentos 1 criança apresenta esse problema.
Hipotireoidismo congênito: consequência da falta ou produção insuficiente de tiroxina, hormônio encontrado na tireoide e responsável pelo correto desenvolvimento do organismo. A deficiência intelectual grave e comprometimento do crescimento são problemas relacionados a falta da tiroxina. Frequência: 1 a cada 4000)
Anemia Falciforme: problema que é uma consequência de alteração estrutural na molécula de hemoglobina, encontrada nos glóbulos vermelhos, e que tem a função de carregar o oxigênio pelo corpo. Essa alteração causa anemias, infecções generalizadas, atrasos no crescimento e dores. Frequência: 1 para 400 ou 1 para 1000.
Artigo do blog Dr. Saúde, um espaço que é vinculado a Clínica Homeomed, do Dr. Rafael E. G. Karelisky, leia mais sobre o assunto no link: https://goo.gl/ufimj6
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