Atualmente no Brasil enfrentamos momentos difíceis no que diz respeito à saúde geral da população. A dengue, a febre zika e a febre chikungunya estão fazendo um número alarmante de vítimas e deixando um rastro assombroso. Principalmente no caso da dengue e da zika, formas mais perigosas da doença, a primeira pode levar à morte e a segundo está sendo associada a microcefalite, doença que provoca deformação no cérebro de bebês.
Por conta disso, estamos passando por uma mobilização nacional em busca de uma solução viável e a longo prazo definitiva que nos liberte afinal desse flagelo.
Assim, estão sendo divulgados na internet receitas milagrosas de remédios homeopáticos, outros tantos caseiros, sem falar nos estudos das vacinas.
Em um comunicado oficial a AMHB (Associação Médica Homeopática Brasileira) explica que não há nenhuma comprovação a respeito desses medicamentos, e condena a automedicação.
Mas afinal há tratamento homeopático para esses vírus?
Primeiro é bom que se saiba que a homeopatia não trata a doença, e sim o indivíduo. Então a homeopatia auxilia no tratamento dos sintomas, os medicamentos homeopáticos ajudam a aliviar e controlar alguns sintomas das doenças, como as febres e as dores.
O blog Dr. Saúde coletou valiosas informações sobre as principais doenças que são transmitidas pelo Aedes Egypt. Todas as três doenças são combatidas prioritariamente através de medidas preventivas.
DENGUE
A dengue é uma doença de caráter febril, transmitida por um vírus, que se manifesta em quatro variações: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 e a qual apresenta-se clinicamente em duas formas:
DENGUE CLÁSSICA é a forma mais e menos rigorosa da doença, e dado a seus sintomas que surgem abruptamente pode por vezes ser confundidos com uma gripe comum.
- Febre alta (39° a 40°C)
- Dores de cabeça, nos músculos e nas articulações
- Cansaço extremo
- Indisposição
- Enjoos e vômitos
DENGUE HEMORRÁGICA – Com os mesmos sintomas da dengue comum, mas após o terceiro ou quarto dia a febre diminui ou cessa e devido a alterações na coagulação sanguínea, ocorrem hemorragias devido a sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. Quando acaba a febre começam a surgir os sinais de alerta:
- Confusão mental
- Dores abdominais fortes e contínuas
- Dificuldade de respirar
- Erupções na pele
- Vômitos
- Sede excessiva
- Pressão baixa
- Queda da pressão arterial.
A dengue hemorrágica, ocorre quando a pessoa já tenha sido infectada antes e deve ser tratada com rapidez pois pode levar à morte.
Tratamento: A pessoa com sintomas da dengue deve procurar atendimento médico, ficar de repouso e ingerir bastante líquido. Não existem remédios contra a dengue. Casos mais graves da doença requerem procurar um médico novamente.
FEBRE ZIKA
A Zica, apresenta febre é mais leve, os olhos mostram-se avermelhados e coçam irritantemente. Muitas vezes a doença é confundida com uma manifestação alérgica.
A maior e mais desastrosa consequência da ação da doença do organismo é que ela causadora de doenças como a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré (síndrome neurológica que causa paralisia).
No caso da microcefalia é necessário aplicar uma vacina na gestante contaminada com o vírus para evitar que ele se desenvolva prejudicando o feto.
FEBRE CHIKUNGUNHA
Além da febre ocorrem dores fortíssimas no corpo e principalmente articulações. Os sintomas duram em torno de duas semanas, mas as dores nas juntas podem persistir por vários meses. Quase não há registros de casos de morte.
Tratamento: Iguais às outras doenças, o tratamento indicado é ficar de repouso e consumir bastante líquido. Não tomar AAS devido ao risco de hemorragia.
Para o doutor Rafael E.G Karelisky, proprietário da clínica Homeomed, a orientação é a prevenção, ou seja, a eliminação sistemática dos focos do mosquito transmissor. Ele adverte quanto à necessidade de procurar um médico ao menor sinal de suspeita.
O Dr. Rafael alerta ainda para o fato de que, no caso da utilização de medicamentos homeopáticos, não deverá ser prescrito um medicamento único para todos os pacientes, a prescrição levará em conta as características orgânicas e particulares de cada indivíduo.
O blog Dr. Saúde também preparou uma matéria especial para que você conheça mais sobre esse mosquito do mal.
Conhecendo o Aedes Egypt
Ele é minúsculo, extremamente discreto, chegando a ser considerado quase insignificante no reino animal ao qual pertence, ataca quase sempre à luz do dia, não faz barulho, não possui ferrão e nem tão pouco apresenta uma aparência assustadora ou repugnante como muitos da sua espécie.
Munido com todas essas características ele pode passar muito bem despercebido em meio ao convívio humano, mas é aí que mora o perigo, o aparentemente inofensivo Aedes aegypti, ou mosquito da febre amarela vem fazendo milhares de vítimas ao longo dos séculos e agora encabeça a lista dos seres mais perigosos e letais do planeta.
São reconhecidas na natureza três espécies desse mosquito: O Aedes Aegypt, O Aedes Polyneseiensis e o Aedes Scutellaris (Aedes albopictus)
No Brasil, ocorre com maior frequência o Aedes aegypti que se tornou responsável pela proliferação dos vírus que causa consecutivamente a dengue, a febre chikungunya e a febre Zica.
O vírus transmissor da dengue e da Zica é um arbovírus (denominação clássica dada aos vírus que são transmitidos por artrópodos), o vírus transmissor da dengue e da febre zyka, pertence ao gênero Flavivírus, enquanto que o vírus transmissor da chikugunya ou catalotoco como é conhecida a doença em Angola é um arbovírus do gênero Alphavírus.
Um processo evolutivo surpreendente
Adaptação– essa é a palavra que pode ser muito bem empregada para definir corretamente o processo evolutivo que proporcionou ao terrível mosquito a possibilidade de se integrar à espécie humana no decorrer de nossa existência.
Seus ancestrais, diferentemente da versão ‘’modernizada’’ do atual Aedes, povoavam principalmente as florestas e matas da América do Sul e América Central, onde se alimentavam de sangue de todos os tipos de seres e pasmem, do néctar de flores silvestres.
Acredita-se que dada à presença dos seres humanos ao ambiente da floresta, o Aedes acabou por desenvolver uma preferência exacerbada pelos seres humanos e migrou em busca de seus alvos preferenciais nos centros urbanos, adaptando-se para isso de uma forma que chega a ser surpreendente, e hoje, se alimenta exclusivamente de nosso sangue.
De acordo com a professora de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade de Princeton, Carolyn Bride, eles só vivem em associação com os humanos, e chegaram a desenvolver inclusive uma incrível capacidade de reconhecer o nosso cheiro.
“Você pode por uma luva de laboratório e cortar um pequeno buraco deixando apenas um centímetro de pele exposta, e mesmo assim eles irão encontrá-lo.” Diz a PhD especializada em Aedes aegypti.
O Aedes não possui muita energia no ar, voa baixo e prefere se instalar em locais úmidos, como bandejas, garrafas, vasos de plantas, sacolas de lixo, quaisquer lugares onde haja acúmulo de água parada, de fato desde um tanque d’água até uma tampinha de refrigerante serve para que possam se reproduzir de forma assombrosa.
Recursos de Engenharia Genética
Em nosso país, experimentos revolucionários em engenharia genética começaram a ser recentemente testados, o procedimento consiste em introduzir nos mosquitos machos um gene de autodestruição e depois libertá-los na natureza para que ao cruzarem com suas fêmeas, eles passem o gene à sua descendência, o que faz com que morram antes de atingirem a idade adulta.
A Oxitec, empresa britânica que produz esses mosquitos geneticamente modificados, afirma que este método pode eliminar as populações de Aedes em até 90%.
Especulações científicas a parte, enquanto testes laboratoriais são exaustivamente testados, a situação desesperadora agrava-se a cada dia.
Só em 2015 foram registrados, Brasil teve 1,6 milhões de casos de Dengue em 2015 e 843 mortes. Em medida preventiva, espera-se que pelo menos 220.000 militares brasileiros saiam às ruas em medida de conscientização popular, isso de acordo com declaração proferida pelo governo, na última semana de janeiro.
Hábitos descuidados de higiene e a negligência em tomar certas precauções podem levar a consequências dramáticas e por vezes letais.
É necessário que as pessoas se conscientizem, se mobilizem de uma vez por todas em combate aos focos do Aedes aegypti.
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