Primeiramente vamos falar sobre o que são as “doenças autoimunes”.
As doenças autoimunes são um grupo de doenças onde o sistema imunológico ataca o próprio corpo. Sendo assim, o sistema imunológico – responsável por defender o organismo contra bactérias e vírus invasores, por exemplo – passa a acreditar que as proteínas de células de diferentes partes do corpo são invasoras e envia células de defesa para isolá-las e atacá-las, destruindo estruturas e causando diferentes sintomas nos pacientes.
É como se o sistema imunológico deixasse de operar da forma correta. De modo geral, as doenças autoimunes são mais comuns em pacientes do sexo feminino.
Quais são os tipos de doenças autoimunes?
As doenças autoimunes costumam ser separadas em duas categorias diferentes: doenças sistêmicas e síndromes locais.
Nas doenças sistêmicas, devido à atuação do sistema imunológico, vários órgãos diferentes ou até mesmo todo o organismo do paciente é afetado de alguma forma. É o caso de condições como a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) em que, devido à resposta do sistema imunológico, o paciente perde a mobilidade de seus músculos e a Esclerose Múltipla (EM), em que o organismo do paciente ataca a cobertura protetora dos nervos, fazendo com que aconteçam dificuldades de comunicação entre o cérebro e o corpo, causando uma série de sintomas.
Outro exemplo é a doença celíaca, que o paciente ao ingerir alimentos que contêm glúten (como pães, cervejas e massas, por exemplo), sofre de uma resposta exagerada de seu sistema imunológico, que causa uma inflamação no sistema digestivo e outros sintomas, como a perda de peso, a osteoporose e a anemia.
Na artrite reumatóide, são as cartilagens que compõem as articulações que são atacadas pelo organismo. Nas síndromes locais ficam categorizadas as doenças autoimunes que afetam um ponto específico do corpo, como a tireoidite de Hashimoto, que faz com que a tireóide do paciente seja atacada continuamente, causando sua destruição. Na diabetes tipo 1, o sistema imunológico do paciente destrói as células produtoras de insulina, causando os sintomas da diabetes e afetando o pâncreas.
Como outros exemplos de doença autoimune, podemos citar: lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjogren, fibromialgia, espondilite anquilosante, polimialgia reumática, alopecia areata, doença de Crohn, vitiligo e psoríase.
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Existe algum fator emocional envolvido?
O estresse físico e psicológico também foi atribuído ao desenvolvimento de doenças autoimunes. Estudos demonstram que por volta de 80% dos pacientes reportaram um estresse emocional incomum antes do aparecimento da doença autoimune.
Diversos estudos mostram que o estresse não é somente um dos fatores de participação nas doenças autoimunes, mas um fator que pode piorar essas doenças. Não só o estresse pode causar as doenças, mas as doenças em si também causam estresse significativo nos pacientes, o que os leva a um ciclo vicioso.
Presume-se que os hormônios neuroendócrinos são ativados durante o estresse, o que leva à uma desregulação imune que altera ou amplifica a produção de citocinas, resultando em doenças autoimunes atópicas ou redução da defesa do indivíduo.
O estresse novamente entra nesse caso como fator causal ou intensificante dos sintomas. Dr. Rafael explica que o surgimento de tantos casos nos consultórios pode estar associado ao desequilíbrio do organismo provocado pela pandemia. “Na visão homeopática o equilíbrio do organismo é muito importante. E esse desequilíbrio que tem acontecido por conta de vários fatores, como a pandemia, o isolamento, fatores sociais, desemprego, e uma série de problemas que têm afetado o equilíbrio das pessoas”, esclarece Dr. Rafael E. G. Karelisky, médico Homeopata e Cardiologista.
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