O Blog Dr. Saúde, uma publicação da Clínica Homeomed – Homeopatia em Osasco, vinculado ao Dr. Rafael E. G. Karelisky, no intuito de promover a saúde pública e a educação para a saúde, esclarece nesse artigo sobre os perigos da automedicação. Confira!
Um estudo feito pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade indicou que mais de 76% dos brasileiros costumam se automedicar. Destes, 32% aumenta deliberadamente a dose dos remédios prescritos.
Os riscos desse hábito são tantos e tão alarmantes, que a automedicação é considerada efetivamente um problema de saúde pública não só no Brasil, mas no mundo todo. O motivo foi muito bem ilustrado pelo estudo, de 2006, da Associação Brasileira de Indústrias Farmacêutica (Abifarma): são cerca de 20 mil mortes por ano, só no país, por conta da automedicação.
Os motivos são vários: falta de tempo, pressa, burocracia e lentidão no atendimento público. Mas os riscos são os mesmos para todos, independente da justificativa e das razões para a automedicação, e o número de mortes decorrentes desse mal hábito não tem diminuído.
O problema tomou proporções tamanhas que o Ministério da Saúde precisou criar, em 2007, o Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM), uma autarquia responsável por planejar e articular estratégias para educar a população sobre o uso racional de medicamentos e prevenir os riscos da automedicação.
Para se ter ideia do panorama global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou as seguintes estatísticas: mais de 50% de todos os medicamentos receitados no mundo são dispensáveis ou são vendidos inadequadamente; e 50% dos pacientes tomam remédios de maneira incorreta.
Que tipos de perigo estão envolvidos?
Cada medicamento é produzido por um laboratório específico, tem uma composição química específica e, portanto, pode produzir diferentes tipos de reações, incluindo reações adversas. Isso significa que todos, sem exceção, apresentam riscos para os pacientes, variando apenas o grau de risco aplicado.
Apesar de todo remédio vir obrigatoriamente com a bula com a orientações de consumo, composição e efeitos colaterais, o acompanhamento médico é indispensável para diagnosticar o quadro e recomendar se o medicamento é adequado ou não para cada paciente.
Alguns riscos mais evidentes são:
- Sobredosagem
Cada pessoa é única e tem um metabolismo diferente, considerando sua carga genética, seu histórico familiar e seus hábitos alimentares e comportamentais. Para cada pessoa existe uma dosagem apropriada. A dosagem excedente sobrecarrega o organismo e pode desencadear severos problemas.
- Reações alérgicas e intoxicação
Desconhecendo a composição química dos medicamentos e, não raramente, o comportamento do próprio organismo, a automedicação aumenta os riscos de reações alérgicas nos seus mais diversos níveis de gravidade.
- Interações medicamentosas
Interação medicamentosa é o nome dado às reações entre medicamentos no seu organismo. Apenas um profissional da saúde qualificado poderá dizer quais medicamentos podem ou não ser tomados em conjunto.
- Atraso no diagnóstico
A automedicação pode atrasar o diagnóstico correto por interferir nos sintomas, resultados dos exames e comportamento do organismo. Atrasar o diagnóstico correto também atrasa o tratamento correto para o problema de saúde do paciente.
- Morte
Por fim, a automedicação pode, inclusive, acabar em morte. Um efeito irreversível que poderia ter sido evitado.
Agora que você conhece os riscos explícitos da automedicação, não continue nem incentive esse hábito que mata milhares todo ano. Consulte um profissional.
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