A hipertensão, segundo levantamento do Ministério da Saúde, é uma enfermidade que alcança mais de 30 milhões de pessoas no Brasil e é desencadeada por diversos fatores além da hereditariedade, sendo os mais comuns a obesidade, ingestão de bebidas alcoólicas, consumo excessivo de sal, sedentarismo, estresse e falta de sono. Popularmente conhecida como pressão alta, essa doença é um dos principais fatores de risco para ocasionar um acidente vascular cerebral, aneurisma arterial, enfarte ou insuficiência renal e cardíaca.
Com essa ampla quantidade de pessoas no País que sofrem com esse mal, o médico homeopata e cardiologista Dr. Rafael E. G. Karelisky, da Clínica Homeomed, por meio do blog Dr. Saúde, esclarece algumas dúvidas sobre a hipertensão. Um dos fatores preocupantes é que essa situação entre os jovens é mais problemática. “O jovem vai chegar a uma determinada idade com alterações no organismo que levam anos para se instalarem, como se fossem grãos de areia se acumulando. Se não tratada, compromete outros órgãos e se isso for diagnosticado mais tarde, o tratamento e a recuperação certamente serão mais difíceis”, destaca. Se descoberta com antecedência, a doença é mais facilmente tratada.
Homens x Mulheres
Sempre se falou que os homens são mais afetados com a hipertensão arterial que as mulheres, no entanto, essa é uma tendência histórica que pode estar se modificado nos últimos tempos, aproximando os dois públicos. “Isso acontece porque as mulheres estão galgando posições no mercado de trabalho, estão passando por estresse, fumando e bebendo mais, estão engordando mais e passando por problemas que antes eram mais restritos aos homens”, destaca o Dr. Rafael E. G. Karelisky. Para ele, a emancipação feminina representou por um lado um avanço e de outro, a incorporação de um estilo de vida antes masculino, com todas suas consequências.
Fator de risco
O cigarro é visto como grande vilão quando o assunto é hipertensão arterial. “O fumo representa um importante fator de risco para o surgimento de doenças coronarianas. Sua ação causa o entupimento das artérias. Em um paciente que é hipertenso, a associação com o cigarro pode representar um risco muito grande para o coração, aumentando as chances de insuficiência coronariana e de um infarto do miocárdio”, observa. Algumas estimativas realizadas nos Estados Unidos mostram que o fumo é responsável pela morte prematura de aproximadamente 350 mil pessoas todos os anos, a maioria delas por doenças das artérias coronárias.
Pessoas obesas tendem a ter maior chance de portar essa doença, havendo uma piora se a hipertensão não for acompanhada e tratada. Outro ponto que também é alertado pelo médico é sobre o consumo excessivo de sal, que ocasiona maior retenção de líquido no corpo, aumentando consequentemente o volume intravascular. “O aumento de líquido nos vasos arteriais eleva a pressão arterial”, pontua. Outra observação é que o consumo elevado de sal também altera o mecanismo fisiológico que regula a pressão arterial no organismo. O sal é um tempero muito popular na colunária brasileira e as pessoas consomem em média 10 gramas por dia. “Nosso organismo não precisa de tanto sal. Menos de uma colher de café de sal por dia é o suficiente”, recomenda.
Colesterol
Segundo o homeopata e cardiologista da Clínica Homeomed, Dr. Rafael E. G. Karelisky, o colesterol alto é o principal responsável pelo estreitamento e entupimento das artérias coronárias. “Acima de 200, o colesterol alto associado a um quadro de hipertensão arterial representa um grande risco para a saúde. O mesmo cuidado se deve ter no controle do diabetes. O fumo, colesterol elevado e diabetes não são a causa da hipertensão arterial, pois a origem dessa doença não é conhecida. No entanto, a associação a qualquer um desses fatores de risco pode representar um grande perigo para a saúde, pois em todos os casos existe o comprometimento de vasos e artérias, atingindo órgãos como o coração, cérebro, rins, retina, entre outros”, diz o médico.
Estresse
Atualmente o ritmo de vida moderno é muito acelerado, impossibilitando conviver sem o estresse. “Uma pessoa estressada tem um aumento de todas as suas funções orgânicas e consequente aumento da pressão arterial. Primordialmente, a situação do estresse é uma defesa do corpo, preparando-o para uma luta ou fuga. Como em nossa vida geralmente isso não ocorre, o corpo fica constantemente sobrecarregado, o que contribui para a elevação da pressão arterial. Precisamos aprender a administrá-lo”, explica o Dr. Rafael E. G. Karelisky, da Clínica Homeomed.
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