Cada vez mais a expectativa de vida aumenta. Isso é uma ótima notícia pela visão da saúde. Porém com esses anos a mais, um problema recente surgiu: são os idosos órfãos de filhos vivos. Nessa equação que não fecha, conta com itens que vão além do sustento e amparo às necessidades básicas, como atenção e carinho, que faltam para essa geração. O Blog Dr. Saúde, uma publicação da Clínica Homeomed – Homeopatia em Osasco, vinculado ao Dr. Rafael E. G. Karelisky, foi tentar entender esse novo fenômeno.
Excluindo as diferenças sociais e culturais, sempre foi comum um filho abandonar um lar. Seja para construir o seu próprio, seja para encontrar a vida que sonha em terras distantes. Porém, a história recente nos mostra que esse filho que deixa o ninho do pai em busca de uma melhor chance de vida não o abandona e, se não retorna, ao menos, se mantem em contato, envia dinheiro muitas vezes, etc.
Porém, um fenômeno atual tem sido observado, principalmente nas classes médias e altas. É o abandono emocional de idosos. Os idosos hoje, em muitos casos, não precisam do apoio financeiro dos filhos, mas precisam que os filhos sejam presentes.
Para a psicóloga social Ana Fraiman, este estilo de vida, principalmente das grandes cidades, exclui a presença a troco de nada, só para ficar junto. Ela alega, no texto “Idosos órfãos de filhos vivos são os novos desvalidos do século XXI”, que esse modo de agir dificulta ou até mesmo impede, o compartilhamento de valores e interesses por parte dos membros de uma família. Isso porque atualmente vivemos em uma cultura baseada na afirmação da individualidade, ego centradas.
“Nos tempos de hoje, porém, dentro de um espectro social muito amplo e profundo, os abandonos e as distâncias não ocupam mais do que algumas quadras ou quilômetros que podem ser vencidos em poucas horas. Nasceu uma geração de ‘pais órfãos de filhos’. Pais órfãos que não se negam a prestar ajuda financeira. Pais mais velhos que sustentam os netos nas escolas e pagam viagens de estudo fora do país. Pais que cedem seus créditos consignados para filhos contraírem dívidas em seus honrados nomes, que lhes antecipam herança. Mas que não têm assento à vida familiar dos mais jovens, seus próprios filhos e netos, em razão – talvez, não diretamente de seu desinteresse, nem de sua falta de tempo – mas da crença de que seus pais se bastam.” – Ana Fraiman
Em outro trecho do mesmo texto, Ana argumenta sobre a irritação que muitos filhos tem com seus pais, por precisarem acompanhar os pais idosos ao médico, aos laboratórios.
Leia o texto na íntegra https://goo.gl/mIUVYE
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